Em 1989, a cabocla Flecheira, a chefe-guia da casa, se apresentou pela primeira vez: veio em terra para receber seu bori. Incorporada na médium Giselle, ela disse que sua missão era, um dia, formar uma aldeia junto com a médium, uma aldeia que fosse um novo ponto de luz e transmitisse união, com filhos e pessoas fazendo parte do chão — a própria história da cabocla se mistura com o andamento da formação do Centro de Giro Baiana Jacinta.
Foi assim que tudo começou!
A médium seguiu afastada deste desejo tão forte, tocando sua vida espiritual como médium de passe e, claro, buscava conhecimento e fundamentos da religião tanto quanto das entidades que lhe acompanham.
Já em 2013, o encontro com um babalorixá promoveu a entrada no mundo do Candomblé, que já vinha sendo anunciada seja pela espiritualidade, seja pela curiosidade, incluindo a movimentação natural das energias ao seu redor — desta data em diante, a necessidade de firmar a aldeia ficou mais clara, transparente.
Em 2014, a cabocla solicita a ajuda da Baiana Jacinta para que tomasse à frente no convencimento da médium — tarefa rapidamente aceita e, como tarefa dada a uma boa baiana, cumprida! Em menos de um ano, Jacinta anunciava, num dos atendimentos informais na casa da própria médium, quem eram os primeiros filhos da aldeia que se formava, enfim.
Naquele momento a palavra missão mostrou ao que veio: a decisão da baiana iluminou as escolhas da médium e, então, os fundamentos da casa foram apresentados, mostrando como deveria ser feita a configuração da aldeia — pouco a pouco, novos médiuns foram chegando e, em setembro de 2014, tinha início oficial o Centro de Giro Baiana Jacinta, ainda na casa da médium, no dia da festa de Cosme e Damião. O logotipo do terreiro faz jus à união da cabocla com a baiana, trazendo o coqueiro e o cocar, juntos num só elemento.
Em janeiro de 2016 deu-se início a nova fase, abrindo a oportunidade para a aproximação do público geral, os consulentes, e possibilitando a chegada de novos filhos, aumentando e fortalecendo a corrente de bem programada anos atrás — um terreiro de umbanda que também carrega fundamentos do candomblé, por conta da trajetória pessoal da líder espiritual, cumprindo a linda tarefa que a Flecheira apresentou em sua primeira aparição neste mundo de cá.
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